Muitas vezes, as horas do dia se tornam insuficientes para cumprir todas as tarefas. Além disso, frequentemente, vemos uma pessoa exercendo funções que antigamente eram realizadas por 4 funcionários. Tudo isso gera ansiedade, frustração e estresse.

 

Acontece que o cansaço e o estresse crônico no trabalho podem ser mais sérios do que você imagina. Você já ouviu falar sobre Síndrome de Burnout? Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio psíquico que tem acometido muitas pessoas e se tornado cada vez mais comum.

Desse modo, para você ficar bem longe deste transtorno, iremos te explicar tudo sobre ele: o que é, quais os sintomas e tratamento, além de como prevenir. Vamos lá?

O que é Síndrome de Burnout?

O psicólogo Herbert Freudenberger, em 1974, usou este termo Burnout pela primeira vez para descrever as consequências de um estresse severo, que ele e seus colegas estavam passando. Além disso, ele observou que isso acontecia principalmente devido às altas expectativas e ideais nas profissões que tinham como foco ajudar o outro, como médicos, enfermeiras e policiais.

Entretanto, aparentemente a Síndrome de Burnout pode afetar qualquer pessoa, inclusive donas de casa e celebridades, pois o fator desencadeante são as sobrecargas de trabalho.

Desse modo, Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional pode ser definido como um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, com elevada competitividade ou responsabilidade.

Ainda, ela pode ocorrer quando o objetivo ou meta profissional for muito difícil e, assim, a pessoa se acha incapaz de executar determinada tarefa para a qual foi designada.

Profissionais mais afetados

Geralmente os viciados em trabalho são muito acometidos por esse distúrbio, porém, alguns profissionais têm maior predisposição devido às características do emprego, como por exemplo, precisam enfrentar jornadas duplas. São eles:

  • profissionais da saúde em geral, principalmente médicos e enfermeiros;
  • jornalistas;
  • advogados;
  • professores;
  • psicólogos;
  • policiais;
  • bombeiros;
  • carcereiros;
  • oficiais de Justiça;
  • assistentes sociais;
  • atendentes de telemarketing;
  • bancários
  • executivos.

Ah! E não se esqueça das mulheres que trabalham e ainda são donas de casa. Saiba que as tarefas de casa – ser mãe, esposa, arrumar a casa etc – também exigem esforço e, por isso, contam como mais um emprego.

Quais os sintomas?

Geralmente, os sinais inicialmente são leves, mas tendem a piorar com o passar do tempo. O problema disso é que muitos acreditam que será algo passageiro e não buscam ajuda, mas é extremamente importante buscar um profissional qualificado assim que identificar alguma dessas mudanças. Os principais sintomas que podem mostrar que está com Síndrome de Burnout são:

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Negatividade constante;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Isolamento;
  • Fadiga;
  • Pressão alta;
  • Dores musculares;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

O diagnóstico é realizado por um psicólogo ou psiquiatra e são eles que vão orientar como lidar com este problema.

Existe algum tratamento?

O tratamento envolve tanto a terapia quanto, em alguns casos, o uso de antidepressivos e/ou ansiolíticos. Todavia, só irá começar a fazer efeito após um ou três meses, podendo até demorar um pouco mais, o que vai depender é a gravidade da situação.

Sendo assim, através de mudanças nas condições de trabalho, nos hábitos e na rotina, além de atividade física regular – principalmente àquelas que envolvem técnicas de relaxamento – é possível aliviar os sintomas.

Além disso, saiba que o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) oferece de forma integral e gratuita todo tratamento, desde as consultas até os medicamentos que poderão ser necessários.

Mas, cuidado! Se interromper o tratamento pode haver piora do caso e, dependendo, ser até mesmo necessário internação.

Melhor prevenir do que remediar

Através da adoção de algumas estratégias para reduzir o estresse no trabalho é possível prevenir a Síndrome de Burnout. Aqui estão algumas dicas:

  • Dê um passo de cada vez: comece com pequenos objetivos tanto na vida profissional quanto pessoal.
  • Seja mais sociável: separe momentos de lazer e relaxamento com amigos e familiares.
  • De vez enquanto, fuja da rotina: vá ao cinema, caminhe no parque ou programe uma viagem para o final de semana.
  • Evite pessoas negativas e que só reclamam: este tipo de humor é contagioso, portanto cerque-se de pessoas positivas.
  • Exercite o seu corpo: não importa qual atividade, o que interessa é que você tenha prazer em realizá-la.
  • Evite álcool, tabaco e outras drogas: como eles tem um efeito poderoso no cérebro, só vai piorar as coisas, afinal, é a sua mente que está precisando de ajuda.
  • Nunca faça automedicação: isso também pode piorar a situação, pois apenas um médico é capaz de saber o que você precisa e qual o melhor remédio.
  • Tenha uma boa noite de sono: é dormindo que desligamos a nossa mente e conseguimos repor as energias.

 

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