A covid-19 é a maior pandemia da história recente causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), que causa infecção respiratória aguda potencialmente grave. Trata-se de uma doença que transmite facilmente e com alcance global.

 

A transmissão ocorre principalmente entre pessoas por meio de gotículas respiratórias ou contato com objetos e superfícies contaminadas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 40% das pessoas têm a forma leve ou moderada da doença, porém aproximadamente 15% delas desenvolvem a doença severa necessitando de suporte de oxigênio.

Além disso, 5% da população que é afetada com a forma grave da doença, pode vir a desenvolver além das complicações respiratórias, as sistêmicas como trombose, as cardíacas e renais, sepse e choque séptico.

Para diminuir os impactos da pandemia, diversos países e empresas farmacêuticas estão empreendendo esforços na produção de uma vacina segura e eficaz contra a COVID-19. 

O Plano de Vacinação Nacional

O planejamento da vacinação nacional é orientado em conformidade com o registro e licenciamento de vacinas, que no Brasil é de atribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que pode autorizar de forma temporária, de uso emergencial, em caráter experimental, vacinas contra a COVID-19.  

Em 17/01/21 a Anvisa aprovou os pedidos de uso emergencial no Brasil das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e a AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz. Os dois imunizantes são os primeiros aprovados no país no combate à COVID-19. 

Os principais objetivos da vacinação são reduzir a morbidade e mortalidade pela COVID-19 e, em um segundo momento, promover o controle da transmissão da COVID-19 na população.

Ressalta-se que os indivíduos que tomarem as vacinas aprovadas para uso emergencial deverão preencher um termo de consentimento livre e esclarecido o qual deve estar complementado com os dados específicos da vacina.

Considerando a transmissibilidade da COVID-19, cerca de 60 a 70% da população precisaria estar imune para interromper a circulação do vírus. 

Portanto, em um momento inicial, onde não existe ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial, o objetivo principal da vacinação passa a ser focado na redução da morbidade e mortalidade pela COVID-19, sendo necessário estabelecer grupos prioritários para a vacinação. 

O Cenário Brasileiro

Os grupos de maior risco para agravamento e óbito, caso venham a se infectar, devem ser priorizados. Além disso, no contexto pandêmico que se vive, com a maioria da população ainda altamente suscetível à infecção pelo vírus, também é prioridade a manutenção do funcionamento e da força de trabalho dos serviços de saúde incluindo os trabalhadores da saúde e dos serviços considerados essenciais.

Optou-se então pela seguinte ordem de priorização: preservação do funcionamento dos serviços de saúde, proteção dos indivíduos com maior risco de desenvolvimento de formas graves e óbitos, seguido da preservação do funcionamento dos serviços essenciais e proteção dos indivíduos com maior risco de infecção.  

Desta forma foram elencadas as seguintes populações como grupos prioritários para vacinação: 

  • trabalhadores da área da saúde (incluindo profissionais da saúde, profissionais de apoio, cuidadores de idosos, entre outros), 
  • pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas, população idosa (60 anos ou mais),
  • indígena aldeado em terras demarcadas aldeados, 
  • comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, 
  • população em situação de rua, 
  • morbidades (Diabetes mellitus; hipertensão arterial grave (difícil controle ou com lesão de órgão alvo); doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal; doenças cardiovasculares e cérebro-vasculares; indivíduos transplantados de órgão sólido; anemia falciforme; câncer; obesidade grau III), 
  • trabalhadores da educação, 
  • pessoas com deficiência permanente severa, 
  • membros das forças de segurança e salvamento, 
  • funcionários do sistema de privação de liberdade, 
  • trabalhadores do transporte coletivo, 
  • transportadores rodoviários de carga, 
  • população privada de liberdade. 

Na medida em que haja aprovação das vacinas, disponibilidade e cronograma de entregas, será possível a avaliação de qual fase esses grupos serão inseridos. É importante ressaltar que há intenção de que toda a população seja vacinada. 

Para maiores informações, clique aqui. 

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