O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. 

 

Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações só ouvem falar em histórias.

Não vamos deixar que doenças já erradicadas no Brasil voltem a assombrar as nossas crianças! 

Lembrem-se que a saúde não é uma responsabilidade exclusiva do Ministério da Saúde, das secretarias, dos profissionais e dos médicos. É de todos nós. Mantenham o seu cartão de vacina atualizado!

Não deixe de buscar as vacinas disponíveis nas salas de vacinação, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da sua cidade. 

Calendário de Vacinação

O Calendário Nacional de Vacinação contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. 

Ao todo, são disponibilizadas 19 vacinas para mais de 20 doenças, cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida.

As vacinas são seguras?

Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos dessas reações temporárias.

É importante saber também que toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. 

Além disso, elas são avaliadas e aprovadas por institutos reguladores muito rígidos e independentes. No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. 

E não é só isso. O acompanhamento de eventos adversos continua acontecendo depois que a vacina é licenciada, o que permite a continuidade de monitoramento da segurança do produto.

O que é preciso ser feito para me vacinar?

Toda a população pode se vacinar gratuitamente nas mais de 38 mil salas de vacinação localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país. Para isso, basta comparecer a um posto de saúde com o cartão de vacinação em mãos.

Para quem perdeu o cartão de vacinação, a orientação é procurar o posto de saúde onde recebeu as vacinas para resgatar o histórico de vacinação e fazer a segunda via. 

A ausência da Caderneta de Vacinação não é um impeditivo para vacinar. Toda pessoa pode ser vacinada nos postos de saúde, onde recebe um registro de controle da vacinação (cartão), podendo atualizar mais tarde a Caderneta.

Ressalta-se que o cartão de vacinação é o documento que comprova a situação vacinal do indivíduo, devendo ser guardado junto aos demais documentos pessoais.

Calendário Nacional de Vacinação 

Idade Vacinas
Ao nascer – BCG (dose única)

– Hepatite B

2 meses – Pentavalente 1ª dose (Tetravalente + Hepatite B 2ª dose)

– Poliomielite 1ª dose (VIP)

– Pneumocócica conjugada 1ª dose

– Rotavírus 1ª dose

3 meses – Meningocócica C conjugada** 1ª dose
4 meses – Pentavalente 2ª dose (Tetravalente + Hepatite B 2ª dose)

– Poliomielite 2ª dose (VIP)

– Pneumocócica conjugada 2ª dose

– Rotavírus 2ª dose

5 meses – Meningocócica C conjugada 2ª dose
6 meses – Pentavalente 3ª dose (Tetravalente + Hepatite B 3ª dose)

– Poliomielite 3ª dose (VIP)

Influenza (1 ou 2 doses anuais; de 6 meses a menores de 6 anos)

9 meses – Febre Amarela**** 1ª dose
12 meses – Pneumocócica conjugada reforço

– Meningocócica C conjugada reforço

– Tríplice Viral 1ª dose

15 meses – DTP 1º reforço (incluída na pentavalente)

– Poliomielite 1º reforço (VOP)

– Hepatite A (1 dose de 15 meses até 5 anos)

– Tetra viral (Tríplice Viral 2ª dose + Varicela)

– Influenza (1 ou 2 doses anuais; de 6 meses a menores de 6 anos)

4 anos – DTP 2º reforço (incluída na pentavalente)

– Poliomielite 2º reforço (VOP)

– Varicela atenuada (1 dose)

– Febre amarela reforço

5 anos – Pneumocócica 23: 1 dose para população indígena
9-14 anos – HPV 2 doses*

– Meningocócica C (reforço ou dose única)**

Adolescentes, Adultos e Idosos – Hepatite B (3 doses a depender da situação vacinal)

– Febre Amarela (1 dose a depender da situação vacinal)

– Tríplice Viral (2 doses até os 29 anos ou 1 dose em > 30 anos. Idade máxima: 49 anos)

– DT (Reforço a cada 10 anos)

– dTpa (para gestantes a partir da 20ª semana, que perderam a oportunidade de serem vacinadas)***

– Pneumocócica 23: 1 dose a depender da situação vacinal anterior (indicada para população indígena e grupos-alvo específicos)*****

BCG: Devido a situação epidemiológica do país é recomendável que a vacina BCG seja administrada na maternidade. Caso não tenha sido administrada na maternidade aplicá-la na primeira visita ao serviço de saúde. Crianças que não apresentarem cicatriz vacinal após receberem a dose da vacina BCG não precisam ser revacinadas.

Hepatite B: A vacina Hepatite B deve ser administrada nas primeiras 24 horas, preferencialmente, nas primeiras 12 horas de vida, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o nascimento. Crianças até 6 (seis) anos 11 meses e 29 dias, sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, devem iniciar ou completar esquema com penta que está disponível na rotina dos serviços de saúde, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Crianças com 7 anos completos sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto: completar 3 doses com a vacina hepatite B com intervalo de 30 dias para a 2ª dose e de 6 meses entre a 1ª e a 3ª.

Rotavírus: A idade mínima para a administração da primeira dose é de 1 mês e 15 dias e a idade máxima é de 3 meses e 15 dias. A idade mínima para a administração da segunda dose é de 3 meses e 15 dias e a idade máxima é de 7 meses e vinte e 29 dias. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repita a dose. Nestes casos, considere a dose válida.

*HPV: Esquema básico com duas doses com 6 meses de intervalo em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina HPV também está disponível para as mulheres e homens de nove a 26 anos de idade vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos, sendo o esquema vacinal de três doses (0, 2 e 6 meses).

Poliomielite: A 3ª dose é a vacina inativada da polio (VIP), a exemplo do que já ocorre com as 1ª e 2ª doses da vacina. As doses de reforço aos 15 meses e 4 anos e as campanhas de vacinação continuam aplicando a vacina VOP (bivalente).

Pneumocócica: Esquema básico com duas doses (aos 2 e 4 meses) e dose de reforço aos 12 meses (podendo ser aplicada até os 4 anos). Crianças não vacinadas anteriormente podem receber dose única dos 12 meses aos 4 anos.

Hepatite A: Aplicada aos 15 meses, podendo ser aplicada até os 5 anos.

Vacinas tríplice viral: Indicada vacinação em bloqueios de casos suspeitos de sarampo e rubéola a partir dos 6 meses. Em menores de 2 anos, não pode ser aplicada simultaneamente com a vacina da Febre Amarela, estabelecendo o intervalo mínimo de 30 dias. Adultos até 29 anos sem vacinação e profissionais de saúde (de qualquer idade), recomenda-se duas doses da vacina SCR, com intervalo de 30 dias. Após a aplicação da vacina, recomenda-se não engravidar por um período de 30 dias. As pessoas que tiverem esquema vacinal completo, independente da idade em que foram vacinadas, não precisam receber doses adicionais. 

Meningocócica C (conjugada): Administrar 1 (uma) dose em crianças até 5 anos (4 anos 11 meses e 29 dias) de idade, que tenham perdido a oportunidade de se vacinar.

Varicela: A vacina varicela pode ser administrada até 6 anos, 11 meses e 29 dias. Esta vacina está indicada para toda população indígena a partir dos 7 (sete) anos de idade, não vacinada contra varicela

***dTpa: uma dose a partir da 20ª semana de gestação, para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação. Administrar uma dose no puerpério, o mais precocemente possível.

**** Febre Amarela: A recomendação de vacinação contra a febre amarela passou a ser para todo Brasil, devendo seguir o esquema de acordo com as indicações da faixa etária e situação vacinal.

*****Pneumocócica 23valente: Esta vacina está indicada para pessoas a partir dos 60 anos de idade em condições clínicas especiais (acamados, hospitalizados ou institucionalizados) e população indígena a partir dos 5 (cinco) anos de idade.

Referências:

 

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