A ideia aqui é trazer informações reais e sérias sobre o que a obesidade tem desencadeado na vida de muitos brasileiros. A conscientização sobre os riscos e gravidade do problema é fundamental nos dias de hoje.
Mas o que é a obesidade?
Segunda a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a obesidade é uma doença crônica que tende a piorar com o envelhecimento do indivíduo. Ela é caracterizada pelo acúmulo de gordura no corpo provocado pelo alto consumo de energia na alimentação, acima dos níveis essenciais que o organismo precisa para a manutenção e atividades do dia a dia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, diz que a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.
Isso porque além dela provocar uma diminuição na a qualidade de vida, também pode aumentar a predisposição a doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer.
Números de obesidade no Brasil
Em 21 de outubro de 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que na população acima de 20 anos, a obesidade no país mais que dobrou em 2019, se comparado com 2013 (ano do último levantamento).
Os números da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 mostram que o índice passou de 12,2% para 26,8%. Analisando só os dados entre as mulheres, esse número passou de 14,5% para 30,2% no mesmo período, e entre os homens subiu de 9,6% para 22,8%.
Ao observarmos os índices de obesidade infantil, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde mostram que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade são obesas, enquanto que em adolescentes esse número é de 7% na faixa etária de 12 a 17 anos.
Se analisarmos os parâmetros de excesso de peso, a proporção na população subiu de 43,3% para 61,7%. Entre os homens, foi de 43,3% para 60% e, entre as mulheres, de 43,2% para 63,3%. Esse cenário é bastante assustador e preocupante, já que a tendência é que sofra um aumento com o envelhecimento da população por vários motivos.
Como identificar?
Antes de se falar em tratamento é ideal que o paciente obeso ou mesmo com sobrepeso reconheça o estado do peso.
Por exemplo, de acordo com a SBEM, quando a gordura está localizada entre os órgãos do abdômen, provocando um aumento da barriga é um fator perigoso e precisa ser tratado ou combatido.
É necessária uma avaliação integrada com o clínico geral ou o especialista de outras áreas para analisar a condição do peso do paciente, ou seja, se este encontra-se em estado de obesidade ou sobrepeso. Em seguida, são realizados mais diagnósticos para atribuir o tratamento adequado.
Avaliação prática
A avaliação clínica faz uma combinação de massa corporal e distribuição de gordura. No entanto, é muito difícil obter uma avaliação exata para sobrepeso e obesidade, pois diversos fatores podem interferir nos resultados, como os étnicos e genéticos.
O índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado através da divisão do peso (em kilogramas) pela altura (em metros) elevada ao quadrado, kg/m², é o índice mais simples, prático e barato usado para avaliação da adiposidade corporal.
Ele é um bom indicador, não pode ser atribuído totalmente a gordura corporal devido as diferenças na composição corporal relacionadas ao sexo, à idade, à etnia, a indivíduos sedentários comparados a atletas e etc.
Além disso, o IMC não mostra a diferença entre massa gordurosa e massa magra, o que leva a uma menor precisão em indivíduos mais idosos, por conta da perda de massa magra e diminuição do peso, e a um valor superestimado em indivíduos musculosos.
Outra informação importante é que o IMC não reflete a distribuição da gordura corporal, que é um dado significativo na avaliação de sobrepeso e obesidade, visto que a gordura visceral (intra-abdominal) é um fator de risco potencial para a obesidade, independentemente da gordura corporal total.
Meio ambiente
Um paciente que esteja com sobrepeso ou obesidade precisa avaliar as causas que levaram ao excesso de peso, além de investigar possíveis morbidades associadas. A obesidade é complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, estilos de vida e até fatores emocionais.
O ambiente moderno tem se mostrado como um potencializador para a obesidade. Isso porque a sociedade tem sofrido uma diminuição nos níveis de atividade física e um aumento na ingestão de calorias, os quais são fatores determinantes ambientais mais fortes. Tudo isso leva a um aumento significativo na prevalência da obesidade em diversas populações do mundo, incluindo o Brasil.
Por isso, é importante reforçar as orientações da SBEM que diz que: as crianças devem fazer uma hora de atividade física, de moderada a intensa, todos os dias; o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura e açúcar, não deve fazer parte da rotina.
Aqui vemos o quão danoso é adquirir uma doença como a obesidade, que pode desencadear tantas outras enfermidades letais. O sucesso no tratamento da obesidade depende da magnitude da perda de peso e da redução dos fatores de risco presentes no início do tratamento.
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